terça-feira, 12 de agosto de 2008
Criança!!
Todos os dias
voando, voando
as aves caminham
ao longo do mar.
Todos os dias
cantando, cantando
as crianças caminham
em qualquer lugar.
Todos os dias, meu Deus!
tanta esperança
nos braços abertos
de cada criança.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Luiana...
E vi uma pequena princesa
Querendo ser já uma rainha,
Querendo ter já o seu trono e o seu reinado.
Olhei para ti e voltei pra trás no tempo.
E lembrei-me de outra pequena princesa
Que um dia quis ser rainha.
E senti que nesta vida tudo se repete.
Com a mesma beleza.
Com a mesma emoção.
Com a mesma vontade de querer conquistar céu e chão.
Sem ter tempo para parar.
Sem poder perder esse tempo imenso que se abre à nossa frente.
Olha, se quiseres,
Vais ser mesmo uma rainha.
Vais brilhar.
Vais abrir esse longo caminho que te espera com dignidade.
Com majestade.
Vais ser dona da tua vida.
O tempo corre.
Isso eu já sei...
E tu também hás-de notar isso um dia.
Por enquanto, brinca, sê princesa!
Corre solta pela vida.
Voa alto como uma bolha de sabão – transparente, leve, colorida.
E deixa que o vento te ensine as belezas desse teu primeiro voo.
Alto!
Cada vez mais alto...
Doce palhaça*!
Me fez rir, com seu rosto de cores mil
Doce e triste palhaço
Que tanto me fez feliz, em tardes de
Róseo algodão doce e pálida pipoca
Doce palhaço, triste palhaço
De tantas horas felizes na alegria
Das tábuas nuas coloridas de vida
Doce palhaço, triste palhaço
Que tão pouco valor dei
Na parafernália de leões e focas
Equilibrando, equilibrando-se
Em fofas bolas de ilusão
Doce palhaço, sempre a sorrir
Do que não sabemos e por trás
De seu rosto escondias tantos segredos
Doce palhaço, triste palhaço
Não tínhamos tempo para saber
Se realmente rias ou se brilhava escondida uma lágrima
Doce palhaço, triste palhaço
De minha infância tão alegre
Que voou como pomba para trás
Num tempo em que estavas
E talvez hoje eu seja a sua imagem
De alegria que escondia a tristeza
No rosto pintado de cores alegres
De vida a borbulhar, escondo somente
Entre a multidão minha solidão
Do meu riso, a lágrima que nem sei mais chorar
A vida que não sei mais viver,
A morte que não ousei buscar.
Guilherme...
Dentro de mim uma vida começa a ser pintada.
As cores que vão surgindo são suaves.
A cada nova pincelada, vou sentindo uma estranha felicidade. Uma felicidade que me pinta a alma.
A cada dia que passa vou tentando adivinhar o teu canto, o teu pranto, o teu encanto.
Até que, vieste, meu Amor....
Na hora exacta, com ares de festa e luas de prata.
Vieste...com encanto.
Vieste...com beijos silvestres colhidos pra mim.
Vieste...com a Natureza, com as mãos camponesas plantadas em mim.
Vieste...com a cara e a coragem, com malas, viagens para fora de mim, meu amor.
Vieste....à hora e a tempo, soltando meus barcos e velas ao vento.
Vieste...dando-me alento, olhando-me por dentro e velando por mim.
Vieste...de olhos fechados, num dia marcado e sagrado pra mim.
Vieste...para me encher de amor.
Vieste...para pintar a minha vida com mais cor!!