domingo, 19 de julho de 2009



Antes de ser mãe, eu fazia e comia
os alimentos ainda quentes.
Eu não tinha roupas manchadas,
tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe, eu dormia o quanto eu queria.
Nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de pentear os cabelos e de lavar os dentes
Antes de ser mãe,
eu limpava a minha casa todos os dias.
Eu não tropeçava nos brinquedos e
nem pensava em canções de embalar.
Antes de ser mãe,
ninguém vomitou e nem fez xixi em cima de mim,
Nem me beliscou sem nenhum cuidado,
com dedinhos de unhas finas.
Antes de ser mãe,
eu tinha controlo sobre a minha mente,
Meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos,
e dormia a noite toda.
Antes de ser mãe, eu nunca tive que
segurar uma criança a chorar,
para que médicos pudessem fazer testes ou aplicar injecções.
Eu nunca chorei a olhar pequeninos
olhos que choravam.
Nunca fiquei gloriosamente feliz
com uma simples risadinha.
Nem fiquei sentada horas e horas
a olhar para um bebe a dormir.
Antes de ser mãe, eu nunca segurei uma criança, só por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti o meu coração a despedaçar-se, quando não pude estancar uma dor.
Nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina, pudesse mudar tanto a minha vida e que pudesse amar alguém tanto assim.
E não sabia que adoraria ser mãe.
Antes de ser mãe, eu não conhecia a sensação, de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Não conhecia a felicidade de
alimentar um bebe faminto.
Não conhecia esse laço que existe
entre a mãe e a sua criança.
E não imaginava que algo tão pequenino, pudesse fazer-me sentir tão importante.
Antes de ser mãe, eu nunca me levantei à noite, a cada meia hora, para me certificar de que tudo estava bem.
Nunca pude imaginar o calor, a alegria, o amor, a dor e a satisfação de ser uma mãe.
Eu não sabia que era capaz de ter
sentimentos tão fortes.
Por tudo e, apesar de tudo, obrigada Deus, por eu ser agora um alguém tão frágil e tão forte ao mesmo tempo.
Obrigada meu Deus, por me permitires ser Mãe!

quinta-feira, 16 de julho de 2009




A vida ensinou-me... A dizer adeus às pessoas que amo, sem tira-las do meu coração; Sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrar que sou diferente do que elas pensam; Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar; Calar-me para ouvir; Aprender com os meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor… Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo, A ser forte quando os que amo estão com problemas; Ser carinhosa com todos os que precisam do meu carinho; Ouvir todos os que precisam de desabafar; Amar aos que me magoam ou querem fazer de mim depósito das suas frustrações e desafectos; Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão; Amar incondicionalmente, Pois também preciso desse amor; A alegrar a quem precisa; A pedir perdão; A sonhar acordado; A acordar para a realidade (sempre que necessário); A aproveitar cada instante de felicidade; A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar; Ensinou-me a ter olhos para ver, a ouvir as estrelas, embora nem sempre consiga entendê-las; A ver o encanto do pôr-do-sol; A sentir a dor do adeus e do que acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; A abrir minhas janelas para o amor; A não temer o futuro; Ensinou-me e está a ensinar-me a aproveitar o presente,como um oferta que recebi da vida e a usá-lo como um diamante que eu mesma tenho que lapidar, dando-lhe a forma que eu escolher…